10 importantes descobertas feitas acidentalmente na ciência

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Para uma pesquisa chegar até você, ela passa por várias etapas e critérios bem definidos até ser aprovada. Mas, às vezes, nem tudo sai como planejado. Acidentes acontecem no meio do caminho e... algo novo é criado ou descoberto!
Conheça abaixo as histórias por trás de 10 descobertas e invenções cujos erros foram fundamentais para um final bem-sucedido:
1. Microondas
No início dos anos 1940, Percy Spencer, um engenheiro da Raytheon Corporation, estava testando uma das válvulas termiônicas da empresa quando, de repente, a barra de chocolate que estava dentro do seu bolso acidentalmente derreteu. Intrigado, ele começou a mirar a válvula para outros objetos e concluiu que derretimento deles era causado pela energia de pequenas ondas de calor. E assim nasceu o microondas, em 1945.
2. Remédio para a malária
A quinina é um fármaco usado para tratar a malária desde o século 17, quando os jesuítas começaram a empregá-la enquanto exploravam a América do Sul. Mas esta não é a única versão da história. Reza a lenda andina que um indígena muito debilitado pela malária havia se perdido na floresta e, com uma sede insaciável, bebeu a água de uma poça entre as raízes de uma árvore quina-quina.
Anopheles gambiae, transmissores mais perigoso do parasita da malária (Foto: Wikimedia Commons)
A água tinha um gosto amargo, e ele pensou que iria piorar de saúde. Mas o oposto aconteceu. Ele melhorou, achou o caminho de volta ao seu povo e compartilhou seu conhecimento com os outros.
3. Raios-X
O físico alemão Wilhelm Roentgen estava trabalhando com tubos de raios catódicos em seu laboratório quando, em 1895, percebeu que eles estavam iluminando uma divisória na sala, mesmo quando estavam cobertos. Ele tentou bloquear a luz com vários objetos, mas nada funcionava. Até que ele colocou sua mão em frente aos tubos e viu a imagem dos seus ossos projeta na divisória.
A tecnologia foi aprimorada com chapas fotográficas e logo começou a ser usada nos hospitais — apesar de, na época, não saberem dos riscos que envolviam uma outra descoberta acidental…
MARIE CURIE, INTERPRETADA POR SUSAN MARIE FRONTCZAK  (Foto: SUSAN MARIE FRONTCZAK)
4. A radioatividade
Admirado pela descoberta dos raios-X, o físico francês Henri Becquerel começou a estudar qual era a conexão deles com a propriedade da fosforescência. O cientista colocou, então, sais de urânio em chapas fotográficas, pensando que elas seriam capazes de “absorver” o raio-X, enfraquecendo as imagens. Para completar o experimento, tudo o que precisava era expor a placa ao sol. Mas, naquele dia, o tempo estava fechado em Paris.
Becquerel deixou o experimento no escuro, até que o sol saísse. Mas, mesmo no escuro, a chapa fora marcada pelos sais, tornando as imagens ainda mais nítidas. Assim, o físico descobriu que aquele efeito de luz dos sais de urânio era, na verdade, radioatividade.
Becquerel foi orientador de Marie e Pierre Currie e dividiu com o casal o Prêmio Nobel da Física de 1903, fruto dos estudos sobre a radioatividade (termo cunhado, na verdade, por Marie Curie).
5. Velcro
Após passear pelos Alpes com seu cachorro, o engenheiro suíço George de Mestral notou que pequenos pedaços de uma planta do gênero Arctium tinham ficado grudados em sua roupa. As sementes eram cobertas de pequenos ganchos, que permitiram que elas ficassem presas no cientista. E assim Mestral decidiu criar um objeto tão aderente quanto aquelas sementes: o velcro.
"Ganchos" do velcro (Foto: Hadley Paul Garland)
6. Marca-passo
Enquanto tentava construir um aparelho que gravasse batimentos cardíacos, o engenheiro norte-americano Wilson Greatbatch instalou um resistor no circuito de sua máquina e notou que ele emitia pulsos elétricos.
Imaginando que esses pulsos poderiam estimular a atividade do coração quando houvesse algum colapso, Greatbatch criou o primeiro marca-passo, que foi implantado com sucesso pela primeira vez em 1958, em um cachorro.
7. LSD
O químico suíço Albert Hofmann estava estudando o uso do ácido lisérgico para fármacos quando, acidentalmente, provou um pouco da substância.
Foi para casa se sentindo tonto e inquieto e, quando se deitou, ele “se afundou em uma espécie de embriaguez que não foi desagradável e que foi caracterizada por uma extrema atividade da imaginação,” descreveu o químico.
“Enquanto eu estava deitado em uma situação atordoante, com os meus olhos fechados (eu experienciei a luz do dia como algo desagradavelmente brilhante), surgiu sobre mim um fluxo ininterrupto de imagens fantásticas, com uma plasticidade e vivacidade extraordinárias, acompanhadas por um jogo intenso e caleidoscópico de cores,” continuou.
LSD (Foto: Pixabay)
8. Penicilina
Enquanto fazia seus estudos em bacteriologia, o médico escocês Alexander Fleming reparou que um fungo estava crescendo em suas amostras de bactérias Staphylococcus. As colônias bacterianas, no entanto, não aumentavam. Fleming descobriu que, na verdade, o fungo era uma rara linhagem de Penicillium chrysogenum, capaz de inibir o crescimento bacteriano.
Nasceu, então, a penicilina, introduzida no mercado nos anos 1940, que deu origem à era dos antibióticos.
9. Viagra
Nos anos 1990, a farmacêutica Pfizer começou a testar um novo composto para tratar doenças cardíacas. Os homens que testaram a substância, no entanto, sentiram um efeito bem diferente. Acontece, que o medicamento se mostrou ineficaz para o coração, mas acabava com o problema da disfunção erétil. Em 1996, a substância sildenafil foi patenteada pela Pfizer e, em 1998, o Viagra foi aprovado pela FDA, agência que regulamenta medicamentos nos Estados Unidos.
Gota de insulina da ponta da agulha de uma seringa (Foto: Sarah Vernon/Flickr)
10.  Insulina
Em 1889, os médicos Oscar Minkowski e Josef von Mering removeram o pâncrea de um cão para entender como o órgão afetava a digestão. Dias depois, moscas se aglomeravam em volta da urina do bichinho, que estava cheia de açúcar. E assim, ao remover o pâncreas, os médicos deram diabetes ao cachorro — e não conseguiram descobrir o que causava isso.
Duas décadas depois, dois pesquisadores da Universidade de Toronto, Frederick Banting e John Macleod, conseguiram isolar a substância excretada pelo pâncreas que regulava o nível de açúcar no sangue: a insulina. Em 1923, ganharam o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina.
(Com informações de Science Alert)

Enem 2019: confira dicas para a prova de Ciências da Natureza

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No segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, em 10 de novembro, será aplicada a prova de Ciências da Natureza, junto do teste de Matemática. Os candidatos deverão mostrar seus conhecimentos na área de exatas, com as disciplinas de biologia, física e química. Para se dar bem, é importante praticar provas de anos anteriores para se adaptar ao tipo de questão que é exigida. Outra dica importante é trabalhar a interpretação dos enunciados.
— São questões que envolvem compreensão e interpretação de uma situação-problema. São comuns, por exemplo, questões que expliquem ou dissertem sobre um dispositivo e peçam a resolução de um problema físico dentro desse contexto — afirma Arthur Casa Nova Nonnig, professor de física do Me Salva!. — Questões que apresentam dados para serem interpretados em forma de gráficos e tabelas também são usuais no Enem — completa.
Tiago Tamanini, professor de química do Núcleo Exatas, comenta que em alguns casos, a resposta pode ser extraída do próprio enunciado da questão, mas ressalta:
— Nos últimos anos houve um aumento de questões mais específicas, nas quais o estudante deve dominar os conceitos para respondê-las.
Confira os conteúdos que devem ser priorizados e dicas para se preparar para o exame de Ciências da Natureza:

Biologia

O que estudar:
  • Ecologia
  • Citologia
  • Fisiologia humana
  • Genética
  • Biotecnologia
  • Botânica
  • Zoologia

Física

O que estudar:
  • Ondulatória
  • Fenômenos ondulatórios, como refração, reflexão e difração 
  • Energia mecânica, como cinética e potencial
  • Energia térmica
  • Energia elétrica, como kWh da conta de luz

Química

O que estudar:
  • Cadeias Carbônicas
  • Funções Orgânicas
  • Isomeria
  • Termoquímica
  • Separação de Misturas
  • Ligações Químicas
  • Eletroquímica
  • Equilíbrio Químico e iônico
  • Cálculos Químicos e Estequiométrico

10 dicas para estudar para Ciências da Natureza:  


  1. A capacidade de interpretar é muito importante, principalmente das alternativas apresentadas pelas questões. As questões não têm o perfil de decoreba ou resposta direta, a situação na qual está inserido o problema físico é sempre colocada em contexto. 
  2. O uso de gráficos e tabelas para leitura e interpretação é bastante comum, por isso, saber interpretar gráficos e tabelas é uma competência essencial.
  3. Essa não é uma prova que foca em lembrar de expressões específicas. No entanto, é necessário conhecimento prévio para interpretar e aplicar nas questões. 
  4. Fazer resumos dos conteúdos é uma boa dica para estudar de forma organizada.
  5. Há questões interdisciplinares, como por exemplo, questionamentos de biologia que aponta indicativos de química. No entanto, a prova não foca somente em colocar todas as disciplinas em todas as questões. 
  6. Muitas questões estão ligadas com coisas do nosso dia a dia. Na biologia, por exemplo, podem envolver assuntos como doenças, agricultura e meio ambiente.  
  7. Assuntos atuais também são frequentes. Exemplos que podem estar presentes na prova são a imagem do buraco negro divulgada este ano, o rompimento da barragem de Brumadinho, e o caso de Chernobyl, que virou uma série de televisão.  
  8. Realizar as provas dos últimos anos, mesmo que com consulta, ajuda o candidato a se preparar para o perfil do exame.
  9. Lembre-se: Enem é maratona, por isso, o tempo é muito importante. Ao praticar com as provas anteriores controle o relógio, o ideal é usar dois minutos para responder cada questão. Não perca tempo com perguntas difíceis, quando se deparar com estas, pule para a próxima.
  10. Aproveite as plataformas de estudo online, como aplicativos, assim você pode aproveitar para estudar com seu celular em qualquer lugar.  

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Fontes: Arthur Casa Nova Nonnig, professor de física do Me Salva!; Zé Rücker, professor de biologia do Núcleo Exatas; e Tiago Tamanini, professor de química do Núcleo Exata

Febre chikungunya

A febre chikungunya tem sintomas parecidos com a dengue, mas seu principal sintoma, a dor articular, é mais forte e persistente
 close do mosquito aedes albopictus, que transmite chikungunya e dengue
febre chikungunya é uma doença viral parecida com a dengue, transmitida por um mosquito comum em algumas regiões da África. Nos últimos anos, inúmeros casos da doença foram registrados em países da Ásia e da Europa. Recentemente, o vírus CHIKV foi identificado em ilhas do Caribe e na Guiana Francesa, país latino-americano que faz fronteira com o estado do Amapá.
O certo é que o chikungunya está migrando e chegou às Américas. No Brasil, a preocupação é que o Aedes aegypti e o Aedes albopictus, mosquitos transmissores da dengue e da febre amarela, têm todas as condições de espalhar esse novo vírus pelo País. Seu ciclo de transmissão é mais rápido do que o da dengue. Em no máximo sete dias a contar do momento em que foi infectado, o mosquito começa a transmitir o CHIKV para uma população que não possui anticorpos contra ele. Por isso, o objetivo é estar atento para bloquear a transmissão tão logo apareçam os primeiros casos.

Vídeo: Dr. Drauzio explica a diferença entre chikungunya e dengue

SINTOMAS DA CHIKUNGUNYA


Embora os vírus da febre chikungunya e os da dengue tenham características distintas, os sintomas das duas doenças são semelhantes.
Na fase aguda da chikungunya, a febre é alta, aparece de repente e vem acompanhada de:
  • Dor de cabeça;
  • Dor muscular (mialgia);
  • Erupções na pele (exantemas);
  • Conjuntivite;
  • Dor nas articulações (poliartrite).
A dor nas articulações é o sintoma mais característico da enfermidade. É tão forte que chega a impedir os movimentos e pode perdurar por meses ou até anos depois que a doença vai embora.
Ao contrário do que acontece com a dengue, não existe uma forma hemorrágica da doença e é raro surgirem complicações graves, embora a artrite possa continuar ativa por muito tempo.

DIAGNÓSTICO DE CHIKUNGUNYA


O diagnóstico depende de uma avaliação clínica cuidadosa e do resultado de alguns exames laboratoriais. São três os tipos de testes capazes de detectar o Chikungunya: sorologia, PCR em tempo real (RT‐PCR) e isolamento viral. Todas essas técnicas já são utilizadas no Brasil para o diagnóstico de outras doenças e estão disponíveis em laboratórios de referência da rede pública, para onde são enviadas amostras de sangue de pessoas com suspeita de ter a doença.
Casos suspeitos de infecção pelo CHIKV devem ser notificados em até 24 horas para os órgãos oficiais dos serviços de saúde.

TRATAMENTO DA CHIKUNGUNYA


Na fase aguda, o tratamento contra a febre chikungunya é sintomático. Analgésicos e antitérmicos são indicados para aliviar os sintomas. Manter o doente bem hidratado é medida essencial para a recuperação.
Quando a febre desaparece, mas a dor nas articulações persiste, podem ser introduzidos medicamentos anti-inflamatórios e fisioterapia.

PREVENÇÃO DA CHIKUNGUNYA


Não existe vacina contra febre chikungunya. Na verdade, a prevenção consiste em adotar medidas simples no próprio domicílio e arredores que ajudem a combater a proliferação do mosquito transmissor da doença.

PERGUNTAS FREQUENTES


Posso ter chikungunya e dengue ao mesmo tempo?
Sim.

Uma pessoa doente pode infectar outra pessoa diretamente?
Não existe transmissão entre pessoas. A única forma de infecção é pela picada dos mosquitos.

Estou com chikungunya. Preciso ficar isolado?
Não, o paciente só deve ficar em repouso absoluto. O tempo médio de melhora dos sintomas são dez dias.

Estou grávida. Há risco para o bebê?
Por ser uma enfermidade recente, ainda não há estudos detalhados sobre seus efeitos. Diferentemente da zika, a chikungunya não parece provocar malformações no feto, mas há relatos de abortos espontâneos.
O principal risco da chikungunya para grávidas é quando a mãe está com a doença ativa no momento do parto. Há um risco considerável de transmissão e nestes casos é grave. Por isso é muito importante ficar atenta se surgir qualquer sintoma anormal durante a gravidez e se proteger com repelentes.


Infecção por Zika virus

O Zika virus pertence à família Flaviviridae, a mesma dos vírus da dengue e da febre amarela, e provoca uma infecção com consequências graves.
 zika vírus microcefalia
Zika virus (ZIKAV) é um arbovírusou seja, um tipo de vírus que pode ser transmitido aos humanos por insetos (mosquitos e carrapatos, por exemplo), nos quais ocorre parte de seu processo de replicação. Ele pertence à família Flaviviridae, a mesma dos vírus da dengue e da febre amarela, e foi isolado, pela primeira vez em 1947, em macacos na Floresta de Zika, em Uganda, na África. Anos mais tarde, o vírus zika foi identificado em humanos, na Nigéria. Depois, há notícias de sua presença em diversas regiões da África, no leste asiático, na Oceania e, mais recentemente na Ilha de Páscoa, no Chile, assim como na Colômbia, Paraguai, México e Venezuela.
É bem possível que o Zika virus tenha entrado no Brasil trazido por turistas que vieram assistir à Copa Mundial de Futebol, em 2014. Outra hipótese é que tenha sido trazido pelos atletas da Polinésia Francesa, que participaram de uma competição de remo no Rio de Janeiro. O fato é que o Zika virus só foi identificado no nosso país em abril de 2015, por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia. Em pouco tempo, porém, ele se dispersou por 18 estados do País, levado pelo mosquito Aedes aegipty, o mesmo que serve de vetor para os vírus da dengue, da febre chikungunya (que pertence a outra família viral) e da febre amarela.

No início, a infecção pelo zika não despertou maiores cuidados das autoridades sanitárias, porque aparentemente causava uma doença de evolução benigna. Não havia registro de mortes nem de complicações por esse vírus na literatura científica mundial.  No Brasil, entretanto, a experiência clínica está mostrando exatamente o contrário: já foram registradas mortes de pessoas infectadas e há um surto crescente de casos de microcefalia e síndrome de Guillain-Barré, especialmente nos estados em que já ficou provada a proliferação do vírus.
Zika é um vírus novo, pouco conhecido. Desde que foi descrito, pela primeira vez, em Uganda, possivelmente sofreu várias mutações, que aumentaram sua capacidade de replicação nas células humanas.
Segundo os estudos demonstraram, existem duas linhagens (cepas) diferentes desse vírus: a africana, que infecta predominantemente macacos e mosquitos, e a asiática, que infecta mais os seres humanos.
Ainda não se sabe exatamente como ele age no organismo.  De acordo com pesquisas recentes, ele afeta o sistema imune e tem predileção pelas células jovens do sistema nervoso central. Estudos indicam que a infecção não é contagiosa, isto é, não passa de uma pessoa para outra, mas pode ter implicações bastante graves.
O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde reconheceram oficialmente a relação entre o nascimento de bebês com má-formação cerebral e a circulação simultânea do ZIKAV, no Brasil. Isso não quer dizer que ele seja a causa dos novos rumos que a infecção está tomando no país ou, mesmo, que somente ele esteja envolvido nesse processo.

TRANSMISSÃO


A infecção por ZIKAV é transmitida para uma pessoa sadia pela picada da fêmea infectada do Aedes aegipty, que necessita de proteína do sangue para o amadurecimento de seus ovos.
O vírus já foi identificado no sangue, no leite materno, no sêmen, na urina e na saliva das pessoas infectadas. No momento, a atenção das autoridades sanitárias está voltada para o risco de transmissão por transfusão de sangue e relações sexuais, uma vez  já está provado que o Zika vírus permanece no corpo da pessoa mesmo depois que os sintomas da doença desapareceram.

SINTOMAS


Em 80% dos casos a doença pode ser assintomática. Quando os sinais aparecem, em geral dez dias depois da picada, podem ser semelhantes aos da dengue, porém tão menos agressivos que chegam a ser confundidos com os sintomas de uma virose banal e passageira. Como desaparecem espontaneamente depois de três a sete dias, na maioria dos casos, as pessoas nem chegam a procurar assistência médica e não recebem o diagnóstico da doença.
Por isso, é preciso estar atento aos seguintes sintomas que fazem parte do quadro típico da infecção pelo Zika virus:
  • Febre por volta dos 38℃;
  • Aumento dos gânglios linfáticos;
  • Dor de cabeça, no corpo e nas articulações (que pode durar várias semanas);
  • Erupção cutânea (exantema maculopapular) acompanhada de coceira intensa que pode tomar o rosto, o tronco, os membros e atingir a palma das mãos e a planta dos pés;
  • Fotofobia (sensibilidade à claridade intensa);
  • Conjuntivite (olhos vermelhos, inflamados, lacrimejantes e sem secreção purulenta);
  • Diarreia, náuseas, mal-estar;
  • Cansaço extremo.

DIAGNÓSTICO


O diagnóstico é basicamente clínico. O médico leva em conta os sintomas e o histórico do doente.
Existem exames específicos para pesquisar a presença de anticorpos ou fragmentos dos vírus no sangue do paciente. Em determinadas situações, esses exames podem ser uma estratégia importante para estabelecer o diagnóstico diferencial com a dengue e a febre chikungunya, doenças que apresentam quadro clínico semelhante. Serve também para dar continuidade aos estudos sobre as características, prevenção e tratamento da infecção por Zika virus.

COMPLICAÇÕES


Embora a infecção por Zika virus possa passar despercebida, porque os sintomas não são valorizados. Os casos confirmados de microcefalia indicam que as mães foram infectadas pelo vírus nos primeiros meses de gravidez. De alguma forma, ele provoca uma alteração no sistema imune que lhe permite atravessar a placenta e alcançar o feto, impedindo que o cérebro se desenvolva normalmente. A criança é considerada portadora de microcefalia, quando seu perímetro cefálico é menor do que 32 cm.
Estudos recentes indicam também uma ligação entre o Zika virus e a Síndrome de Guillain-Barré, doença autoimune que se manifesta depois de infecções por vírus ou bactérias e ataca os nervos periféricos, que perdem a bainha de mielina. Essa desordem do sistema imune provoca fraqueza muscular e paralisia que, nos casos mais graves, podem pôr em risco a vida .

PREVENÇÃO


Não existe vacina contra o Zika virus. Por enquanto, a única forma de prevenir a infecção é combater os criadouros dos mosquitos, que proliferam em depósitos de água parada nas proximidades das residências.

TRATAMENTO


Não existe tratamento específico contra a infecção pelo Zika virus. Como nas outras viroses, certos medicamentos – analgésicos, anti-inflamatórios, antialérgicos e colírios – são úteis para aliviar os sintomas.
O importante durante a vigência da infecção, é permanecer em casa, em repouso, redobrar os cuidados com a hidratação e ingerir uma alimentação saudável e balanceada.
Atenção: Como acontece nos casos de dengue, remédios que contêm ácido acetilsalicílico são contraindicados, porque podem aumentar o risco de hemorragias.

RECOMENDAÇÕES


  • Verifique, com frequência, se não existem condições para a proliferação dos mosquitos Aedes aegipty, nos arredores de sua casa. Lembre-se de que esse é um mosquito com hábitos urbanos, que ataca mais de manhã e ao entardecer, especialmente nos meses quentes e úmidos;
  • Mantenha as janelas e portas fechadas, especialmente de manhã cedo e no fim da tarde ou coloque telas para dificultar a entrada dos mosquitos;
  • Procure usar, nas horas maior atividade dos mosquitos, calças compridas e camisas de mangas longas;
  • Saiba que os repelentes industriais reduzem, mas não eliminam o risco das picadas dos mosquitos;
  • Aplique os repelentes na área exposta da pele e sobre a roupa; não passe o produto perto da boca, dos olhos e do nariz, nem em bebês com menos de seis meses;
  • Não se descuide do acompanhamento pré-natal, se está grávida; se não está, espere um pouco para engravidar. Não vale a pena correr o risco de entrar em contato com o ZIKAV que está associado a complicações bastante graves.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:


Ao contrário do que se diz por aí, tomar comprimidos de complexo B não ajuda a manter os mosquitos transmissores de doença à distância. A única coisa que funciona mesmo é cada um de nós fazer a sua parte dentro e nas proximidades de nossas casas, eliminando os criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e da infecção pelo Zika virus.

Máquinas Térmicas - 7ºAno

 A invenção que mudou os rumos da sociedade As máquinas térmicas foram essenciais para ampliar a produção de diversos materiais que anterior...