Traços de matéria extraterrestre de 3 bilhões de anos são encontrados

Local onde os traços de matéria orgânica foram encontrados (Foto: Fyre Mael/Flickr/CC)
LOCAL ONDE OS TRAÇOS DE MATÉRIA ORGÂNICA FORAM ENCONTRADOS (FOTO: FYRE MAEL/FLICKR/CC)




Pesquisadores afirmam ter encontrado traços de matéria orgânica de fora da Terra em rochas localizadas na África do Sul. De acordo com os cientistas, o material extraterrestre tem 3,3 bilhões de anos e foi enterrado por conta da atividade vulcânica do passado.
"Esta é a primeira vez que encontramos evidências reais de carbono extraterrestre em rochas terrestres", explicou ao New Scientist o astrobiólogo Frances Westall, que participou da pesquisa. O evento corrobora a tese decientistas que defendem a chegada de moléculas "espaciais" na Terra como um dos blocos de construção para a vida no planeta.
Usando a técnica de espectroscopia de ressonância paramagnética eletrônica (EPR), os pesquisadores descobriram que a rocha possuía dois tipos de matéria orgânica insolúvel, ambos sugerindo origens de fora da Terra — a mais antiga já identificada. O sinais emitidos pelo equipamento se assemelham a algo que os cientistas já notaram anteriormente: antigas amostras de meteoritos contendo compostos orgânicos.
Contudo, uma outra leitura das mesma informações sugere que o material seja composto de nanopartículas de níquel, cromo e ferro. Embora esse fato contradiga a tese de que as substâncias têm relação com matéria orgânica, essa teoria também fortalece o argumento de que partes dessa camada de rocha vieram do esoaço. "Espinélios (grupos de minerais que se cristalizam em formatos irregulares) de cromo rico em níquel, também conhecidos como 'espinélios cósmicos', são formados durante a entrada de objetos extraterrestres na atmosfera da Terra", disse o autor da nova pesquisa, Didier Gourier, da PSL Research University.

Como dá para saber por um fóssil se um dinossauro era carnívoro ou herbívoro?

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Basta analisar a boca do bichão. “A melhor interpretação da dieta de um dinossauro é dada pelos dentes”, afirma o paleontólogo Reinaldo Bertini, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro (SP). Só os dentes dos carnívoros, por exemplo, precisavam ser serrilhados, permitindo que eles rasgassem a carne de suas presas. Outra pista importante é o ritmo de troca da dentição. Os carnívoros gastavam menos a arcada e, por isso, os fósseis raramente apresentam sinais de novos dentes. Já os dos herbívoros eram trocados mais vezes pois sofriam um maior desgaste – pela maceração repetitiva das plantas dentro da boca. A maior parte dos dinossauros que habitavam a Terra até o fim do período Cretáceo, 65 milhões de anos atrás, tinha uma dieta vegetariana – a proporção era de nove herbívoros para cada carnívoro. Havia ainda uma terceira categoria, a dos onívoros, que, como o homem, comiam tanto carne quanto vegetais. Mas esses eram ainda mais raros. A preferência alimentar estava diretamente relacionada ao comportamento do animal e sua capacidade de locomoção. Os carnívoros eram mais ágeis, uma vez que, para conseguir comida, precisavam atacar rápido. Mas o terrível tiranossauro, apesar da fama de mau, era necrófago, ou seja, se alimentava principalmente de bichos que já estavam mortos. Esse comedor de carniça pré-histórico tinha dentes que podiam chegar a 20 centímetros, os maiores entre os carnívoros. Os grandalhões herbívoros, por sua vez, eram mais dóceis e lentos. Sua lerdeza, claro, transformava-os em presas fáceis para os devoradores de carne.

Sorria!
É pelos dentes que especialistas identificam qual era a dieta desses animais
HERBÍVORO – Socador de grama
Os dentes dos dinos herbívoros eram não só diferentes dos carnívoros mas também entre si. Os saurópodos, por exemplo, tinham uma arcada que parecia um pilão para esmagar vegetais na boca. Outras espécies, porém, possuíam dentes finos, num formato de pá, para puxar galhos de árvores ou arbustos
CARNÍVORO – Dentada mortífera
Dinossauros carnívoros, como esse velociraptor, precisavam de dentes pontudos, que penetravam com facilidade na carne de suas vítimas. O formato curvo ajudava a segurar a presa e os dentes ainda tinham superfícies serrilhadas para rasgar o futuro banquete.

Mandíbula escancarada

Os 11 Maiores Dinossauros Já Encontrados no Brasil

Organizados do menor para o maior, um breve dicionário dos gigantes nacionais.

Há 250 milhões de anos, quando começou o período Triássico e surgiram os primeiros dinossauros, a massa de terra que hoje é chamada pelo ser humano de Brasil não se assemelhava em nada ao nosso país. Para começo de conversa, o litoral atlântico, hoje recortado em um desenho tão característico, não existia: ele estava colado na África (na qual até hoje a América do Sul se encaixa feito uma peça de quebra-cabeça).
O tempo passou, as placas tectônicas fizeram sua dança, os continentes deslizaram para suas posições atuais e alguns dinos inevitavelmente se fossilizaram em nosso território. Alguns foram descobertos aqui mesmo. Outros foram descobertos primeiro em países vizinhos – e só depois encontrados aqui.
De acordo com O guia completo dos dinossauros do Brasil, de Luiz Eduardo Anelli, 23 espécies de dinos foram identificadas no Brasil (edição de 2015). O Atlas Virtual da Pré-História (AVPH), mais atualizado, fala em 25. O número é incerto, pois sempre há dinossauros em processo de identificação, e diferentes critérios podem ser usados para inclui-los ou não na lista.
Alguns poucos ossos preservados são suficientes para os paleontólogos reconstituírem o porte e a aparência desses bichos, que viveram por aqui predominantemente entre 120 milhões e 65 milhões de anos atrás.

Rayosossaurus sp.

Comprimento – 9 m
Altura – não pode ser estabelecida
Descoberto na Ilha do Cajual, Maranhão
Rayosossaurus é o nome de um gênero de dinossauros, cujo maior número de espécies foi encontrado na Argentina. Uma dessas espécies é o Rayosossaurus agrionensis. O Brasil, porém, também tem o seu, que viveu há 110 milhões de anos.
Os fósseis de Rayosossaurus encontrados por aqui eram tão fragmentados que não foi possível especificar a que espécie pertenciam – ou definir se, na verdade, eles pertenciam a uma espécie nova (semelhante, mas não idêntica, aos argentinos). É por que se emprega o termo “sp.” no nome científico.
Apenas 17, das mais de cem vértebras que provavelmente compunham a coluna do indivíduo escavado, foram encontradas. O nome Rayosossaurus faz referência ao local em que o primeiro exemplar argentino foi encontrado: uma formação geológica denominada Rayoso, ao sul de Mendoza.

Trigonosaurus pricei

Comprimento – 9,5 m
Altura – 4 m
Descoberto em Uberaba, Minas Gerais
O nome desse herbívoro deriva da palavra grega para triângulo: trigónos. É que a espécie foi descoberta em 1947 na região do Triângulo Mineiro, extremo oeste de Minas Gerais – especula-se que seu habitat se estenderia até a Bolívia. Os ossos usados para identificá-lo, que perteciam predominantemente à coluna vertebral, estão no Museu de Ciências da Terra, do Departamento Nacional de Produção Mineral, no Rio de Janeiro.

Amazonsaurus maranhensis


 (Luiz Fernando/Domínio Público)
Comprimento – 10 m
Altura – 3 m
Descoberto em Itapecuru-Mirim, no Maranhão
A espécie, com a altura aproximada de um elefante africano, viveu numa época em que as praias do Maranhão estavam a apenas algumas centenas de quilômetros da costa da África – atualmente, a distância é superior a 8 mil quilômetros.
A espécie foi descoberta em 2004 graças a cerca de 100 pequenos fragmentos fósseis, com idade aproximada de 110 milhões de anos. Tudo indica que a carcaça do dinossauro, logo após sua morte, foi levada por um rio que não existe mais – e acabou encalhando em uma planície próxima à foz, onde, ao longo de muito tempo, os ossos foram banhados pelas marés e recobertos por sedimentos. A umidade no sítio paleontológico dificultou o trabalho de escavação e reconstituição do esqueleto.
Ele é importante por ter sido o primeiro representante brasileiro da família Diplodocoidea, que continha dinossauros de pescoço e cauda muito longos.

Baurutitan britoi

Comprimento – 12 m
Altura – 3,5 m
Descoberto em Uberaba, Minas Gerais
É um dos primeiros dinossauros catalogados no Brasil, em 1957. Não se engane: o nome da espécie não tem nada a ver com a cidade paulista de Bauru. Trata-se de uma referência à região da bacia sedimentar Bauru, que se estende do Paraná até Minas Gerais – e que preservou uma quantidade notável de fósseis de animais pré-históricos (incluindo o Trigonossauro, de que já falamos nos parágrafos anteriores).
Ele viveu há cerca de 70 milhões de anos – no fim do Cretáceo, logo antes da queda do famoso meteoro de Yucatán. A espécie foi reconstituída pelos paleontólogos com base em apenas 18 vértebras articuladas da região da cauda.

Adamantisaurus mezzalirai

Comprimento – 12 m
Altura – 4 m
Descoberto em Flórida Paulista, São Paulo.
Assim como no caso do baurutitan, seus únicos ossos conhecidos são da cauda: mais precisamente, seis vértebras coletadas em 1959 pelo geólogo Sérgio Mezzalira (seu nome científico, Adamantissaurus mezzalirai, homenageia o descobridor).
A nova espécie de dinossauro, porém, só foi identificada em 2006 – 47 anos depois da descoberta –, graças a dois paleontólogos da Unesp que estudaram os fósseis, encontrados por operários de uma ferrovia paulista. Eles estavam armazenados em um pequeno museu no Parque da Água Branca, em São Paulo.
O grandão viveu a 70 milhões de anos, e é possível que sua espécie tenha sido diretamente afetada pela queda do meteoro que pôs fim ao período Cretáceo, há 65 milhões de anos.

Tapuiasaurus macedoi


 (Nobu Tamura/CC BY-SA 3.0/Wikimedia Commons)
Comprimento – 13 m
Altura – 4 m
Descoberto em Coração de Jesus, Minas Gerais
Esse é um dos caçulas da lista: teve o primeiro osso encontrado em 2004, por acaso, numa fazenda mineira. A partir daí, pesquisadores encontraram dezenas de fósseis, incluindo um dos crânios mais completos do mundo. O nome, oficializado em 2011, remete a “tapuia”, termo genérico que costumava ser usado para se referir aos índios que não falavam tupi e viviam no interior do país.

Maxakalisaurus topai

 (Kabacchi/CC BY 2.0/Wikimedia Commons)
Comprimento – 13 m
Altura – 4 m
Descoberto em Prata, Minas Gerais
Seu nome homenageia os índios da etnia Maxacali, que habitavam a região em que foi encontrado, e o Deus que eles adoravam: Topa. A exploração do sítio arqueológico em que ele estava – um dos vários localizados na já citada bacia sedimentar de Bauru – rendeu 6 toneladas de ossos entre 1998 e 2002. Uma réplica completa do esqueleto do bicho, com ossos feitos de resina, estava exposta no Museu Nacional da UFRJ, e foi destruída pelo incêndio no último domingo (2).
O exemplar encontrado pertencia a um animal jovem, que morreu há 80 milhões de anos. Os ossos tinham marcas de dentes e estavam espalhados pelo sítio arqueológico – sinal de que ele foi morto por predadores para virar almoço, e o que restou de sua carcaça foi pisoteado por manadas.

Gondwanatitan faustoi

Comprimento – entre 8 m e 15 m
Altura – 2,5 m
Descoberto em Álvares Machado, São Paulo
Na época em que essa espécie viveu, havia só dois grandes continentes na Terra. Um deles era Gondwana, cujas terras atualmente representam América do Sul, África, Antártida, Austrália, península Arábica e Índia. Isso contribuiu para que os herbívoros do clado Titanosauria (classificação que engloba a maior parte dos dinossauros desta lista) se espalhassem por todos os continentes – só na Antártida ainda não encontraram um.
Gondwanatitan faustoi foi encontrado em 1983. Como muitos dos gigantes já citados, viveu há 80 milhões de anos, no final do Cretáceo.

Uberabatitan riberoi

 (Andre Borges Lopes/CC BY-SA 3.0/Wikimedia Commons)
Comprimento – entre 15 m e 19 m
Altura – 4 m
Descoberto em Uberaba, Minas Gerais
O nome do clado Titanosauria é inspirado nos titãs, gigantes da mitologia grega. E embora os dinossauros nacionais recém-descobertos estejam cada dia maiores, ainda é bom lembrar que titãs como o de Uberaba eram miúdos perto dos seus primos. Enquanto muitos titanossauros superavam os 40 m de comprimento, os brasileiros raramente ultrapassavam 15 m.
Isso não é pouco na escala humana, que fique bem claro: apesar de não ser dos maiores em relação a seus contemporâneos, o riberoi pesava 16 toneladas, três vezes mais que um elefante africano atual. Foram encontrados fósseis três indivíduos, escavados entre 2004 e 2006 – 300 toneladas de rocha foram removidas no processo.

Antarctosaurus brasiliensis

Comprimento – é possível que alcançasse 40 m
Altura – 6 m
Descoberto em São José do Rio Preto, São Paulo
Antarctosaurus significa “lagarto do sul”, e brasiliensis entrou no nome porque duas espécies parecidas já foram encontradas na Argentina – país com 110 espécies de dinossauros catalogadas desde 1887. Ele tinha a cabeça alongada, mas muito pequena, menor que a de um cavalo. Seus dentes eram todos iguais, sem molares que facilitassem a mastigação de vegetais, como os animais herbívoros de hoje.
Uma hipótese bastante provável é que, para triturar folhas suficientes para alimentar seu enorme corpo, os dinos dessa espécie comiam pedras! Depois de engolidos, os “aperitivos” se acomodavam no estômago e ajudavam a processar o rango.

Austroposeidon magnificus

Comprimento – 25 m
Altura – 6 m
Descoberto em Presidente Prudente, São Paulo
O maior dinossauro brasileiro já identificado foi apresentado à comunidade científica em 2016, neste artigo. Como os demais membros da lista, era um pescoçudo herbívoro extra grande. “A descoberta comprova que existiram grandes dinossauros no Brasil”, afirmou ao Terra, na época, o paleontólogo Alexander Kellner, do Museu Nacional. “Já suspeitávamos disso por conta das descobertas na Argentina, mas agora comprovamos”.
Os ossos dele estavam estavam guardados desde a década de 1950 na reserva técnica do Museu de Ciências da Terra, no Rio de Janeiro, mas, por falta verba, só foram analisados mais de 60 anos depois.

Fonte: O Guia Completo dos Dinossauros do Brasil, Atlas Virtual da Pré-História (AVPH).

10 importantes descobertas feitas acidentalmente na ciência

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Para uma pesquisa chegar até você, ela passa por várias etapas e critérios bem definidos até ser aprovada. Mas, às vezes, nem tudo sai como planejado. Acidentes acontecem no meio do caminho e... algo novo é criado ou descoberto!
Conheça abaixo as histórias por trás de 10 descobertas e invenções cujos erros foram fundamentais para um final bem-sucedido:
1. Microondas
No início dos anos 1940, Percy Spencer, um engenheiro da Raytheon Corporation, estava testando uma das válvulas termiônicas da empresa quando, de repente, a barra de chocolate que estava dentro do seu bolso acidentalmente derreteu. Intrigado, ele começou a mirar a válvula para outros objetos e concluiu que derretimento deles era causado pela energia de pequenas ondas de calor. E assim nasceu o microondas, em 1945.
2. Remédio para a malária
A quinina é um fármaco usado para tratar a malária desde o século 17, quando os jesuítas começaram a empregá-la enquanto exploravam a América do Sul. Mas esta não é a única versão da história. Reza a lenda andina que um indígena muito debilitado pela malária havia se perdido na floresta e, com uma sede insaciável, bebeu a água de uma poça entre as raízes de uma árvore quina-quina.
Anopheles gambiae, transmissores mais perigoso do parasita da malária (Foto: Wikimedia Commons)
A água tinha um gosto amargo, e ele pensou que iria piorar de saúde. Mas o oposto aconteceu. Ele melhorou, achou o caminho de volta ao seu povo e compartilhou seu conhecimento com os outros.
3. Raios-X
O físico alemão Wilhelm Roentgen estava trabalhando com tubos de raios catódicos em seu laboratório quando, em 1895, percebeu que eles estavam iluminando uma divisória na sala, mesmo quando estavam cobertos. Ele tentou bloquear a luz com vários objetos, mas nada funcionava. Até que ele colocou sua mão em frente aos tubos e viu a imagem dos seus ossos projeta na divisória.
A tecnologia foi aprimorada com chapas fotográficas e logo começou a ser usada nos hospitais — apesar de, na época, não saberem dos riscos que envolviam uma outra descoberta acidental…
MARIE CURIE, INTERPRETADA POR SUSAN MARIE FRONTCZAK  (Foto: SUSAN MARIE FRONTCZAK)
4. A radioatividade
Admirado pela descoberta dos raios-X, o físico francês Henri Becquerel começou a estudar qual era a conexão deles com a propriedade da fosforescência. O cientista colocou, então, sais de urânio em chapas fotográficas, pensando que elas seriam capazes de “absorver” o raio-X, enfraquecendo as imagens. Para completar o experimento, tudo o que precisava era expor a placa ao sol. Mas, naquele dia, o tempo estava fechado em Paris.
Becquerel deixou o experimento no escuro, até que o sol saísse. Mas, mesmo no escuro, a chapa fora marcada pelos sais, tornando as imagens ainda mais nítidas. Assim, o físico descobriu que aquele efeito de luz dos sais de urânio era, na verdade, radioatividade.
Becquerel foi orientador de Marie e Pierre Currie e dividiu com o casal o Prêmio Nobel da Física de 1903, fruto dos estudos sobre a radioatividade (termo cunhado, na verdade, por Marie Curie).
5. Velcro
Após passear pelos Alpes com seu cachorro, o engenheiro suíço George de Mestral notou que pequenos pedaços de uma planta do gênero Arctium tinham ficado grudados em sua roupa. As sementes eram cobertas de pequenos ganchos, que permitiram que elas ficassem presas no cientista. E assim Mestral decidiu criar um objeto tão aderente quanto aquelas sementes: o velcro.
"Ganchos" do velcro (Foto: Hadley Paul Garland)
6. Marca-passo
Enquanto tentava construir um aparelho que gravasse batimentos cardíacos, o engenheiro norte-americano Wilson Greatbatch instalou um resistor no circuito de sua máquina e notou que ele emitia pulsos elétricos.
Imaginando que esses pulsos poderiam estimular a atividade do coração quando houvesse algum colapso, Greatbatch criou o primeiro marca-passo, que foi implantado com sucesso pela primeira vez em 1958, em um cachorro.
7. LSD
O químico suíço Albert Hofmann estava estudando o uso do ácido lisérgico para fármacos quando, acidentalmente, provou um pouco da substância.
Foi para casa se sentindo tonto e inquieto e, quando se deitou, ele “se afundou em uma espécie de embriaguez que não foi desagradável e que foi caracterizada por uma extrema atividade da imaginação,” descreveu o químico.
“Enquanto eu estava deitado em uma situação atordoante, com os meus olhos fechados (eu experienciei a luz do dia como algo desagradavelmente brilhante), surgiu sobre mim um fluxo ininterrupto de imagens fantásticas, com uma plasticidade e vivacidade extraordinárias, acompanhadas por um jogo intenso e caleidoscópico de cores,” continuou.
LSD (Foto: Pixabay)
8. Penicilina
Enquanto fazia seus estudos em bacteriologia, o médico escocês Alexander Fleming reparou que um fungo estava crescendo em suas amostras de bactérias Staphylococcus. As colônias bacterianas, no entanto, não aumentavam. Fleming descobriu que, na verdade, o fungo era uma rara linhagem de Penicillium chrysogenum, capaz de inibir o crescimento bacteriano.
Nasceu, então, a penicilina, introduzida no mercado nos anos 1940, que deu origem à era dos antibióticos.
9. Viagra
Nos anos 1990, a farmacêutica Pfizer começou a testar um novo composto para tratar doenças cardíacas. Os homens que testaram a substância, no entanto, sentiram um efeito bem diferente. Acontece, que o medicamento se mostrou ineficaz para o coração, mas acabava com o problema da disfunção erétil. Em 1996, a substância sildenafil foi patenteada pela Pfizer e, em 1998, o Viagra foi aprovado pela FDA, agência que regulamenta medicamentos nos Estados Unidos.
Gota de insulina da ponta da agulha de uma seringa (Foto: Sarah Vernon/Flickr)
10.  Insulina
Em 1889, os médicos Oscar Minkowski e Josef von Mering removeram o pâncrea de um cão para entender como o órgão afetava a digestão. Dias depois, moscas se aglomeravam em volta da urina do bichinho, que estava cheia de açúcar. E assim, ao remover o pâncreas, os médicos deram diabetes ao cachorro — e não conseguiram descobrir o que causava isso.
Duas décadas depois, dois pesquisadores da Universidade de Toronto, Frederick Banting e John Macleod, conseguiram isolar a substância excretada pelo pâncreas que regulava o nível de açúcar no sangue: a insulina. Em 1923, ganharam o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina.
(Com informações de Science Alert)

Enem 2019: confira dicas para a prova de Ciências da Natureza

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No segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, em 10 de novembro, será aplicada a prova de Ciências da Natureza, junto do teste de Matemática. Os candidatos deverão mostrar seus conhecimentos na área de exatas, com as disciplinas de biologia, física e química. Para se dar bem, é importante praticar provas de anos anteriores para se adaptar ao tipo de questão que é exigida. Outra dica importante é trabalhar a interpretação dos enunciados.
— São questões que envolvem compreensão e interpretação de uma situação-problema. São comuns, por exemplo, questões que expliquem ou dissertem sobre um dispositivo e peçam a resolução de um problema físico dentro desse contexto — afirma Arthur Casa Nova Nonnig, professor de física do Me Salva!. — Questões que apresentam dados para serem interpretados em forma de gráficos e tabelas também são usuais no Enem — completa.
Tiago Tamanini, professor de química do Núcleo Exatas, comenta que em alguns casos, a resposta pode ser extraída do próprio enunciado da questão, mas ressalta:
— Nos últimos anos houve um aumento de questões mais específicas, nas quais o estudante deve dominar os conceitos para respondê-las.
Confira os conteúdos que devem ser priorizados e dicas para se preparar para o exame de Ciências da Natureza:

Biologia

O que estudar:
  • Ecologia
  • Citologia
  • Fisiologia humana
  • Genética
  • Biotecnologia
  • Botânica
  • Zoologia

Física

O que estudar:
  • Ondulatória
  • Fenômenos ondulatórios, como refração, reflexão e difração 
  • Energia mecânica, como cinética e potencial
  • Energia térmica
  • Energia elétrica, como kWh da conta de luz

Química

O que estudar:
  • Cadeias Carbônicas
  • Funções Orgânicas
  • Isomeria
  • Termoquímica
  • Separação de Misturas
  • Ligações Químicas
  • Eletroquímica
  • Equilíbrio Químico e iônico
  • Cálculos Químicos e Estequiométrico

10 dicas para estudar para Ciências da Natureza:  


  1. A capacidade de interpretar é muito importante, principalmente das alternativas apresentadas pelas questões. As questões não têm o perfil de decoreba ou resposta direta, a situação na qual está inserido o problema físico é sempre colocada em contexto. 
  2. O uso de gráficos e tabelas para leitura e interpretação é bastante comum, por isso, saber interpretar gráficos e tabelas é uma competência essencial.
  3. Essa não é uma prova que foca em lembrar de expressões específicas. No entanto, é necessário conhecimento prévio para interpretar e aplicar nas questões. 
  4. Fazer resumos dos conteúdos é uma boa dica para estudar de forma organizada.
  5. Há questões interdisciplinares, como por exemplo, questionamentos de biologia que aponta indicativos de química. No entanto, a prova não foca somente em colocar todas as disciplinas em todas as questões. 
  6. Muitas questões estão ligadas com coisas do nosso dia a dia. Na biologia, por exemplo, podem envolver assuntos como doenças, agricultura e meio ambiente.  
  7. Assuntos atuais também são frequentes. Exemplos que podem estar presentes na prova são a imagem do buraco negro divulgada este ano, o rompimento da barragem de Brumadinho, e o caso de Chernobyl, que virou uma série de televisão.  
  8. Realizar as provas dos últimos anos, mesmo que com consulta, ajuda o candidato a se preparar para o perfil do exame.
  9. Lembre-se: Enem é maratona, por isso, o tempo é muito importante. Ao praticar com as provas anteriores controle o relógio, o ideal é usar dois minutos para responder cada questão. Não perca tempo com perguntas difíceis, quando se deparar com estas, pule para a próxima.
  10. Aproveite as plataformas de estudo online, como aplicativos, assim você pode aproveitar para estudar com seu celular em qualquer lugar.  

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Fontes: Arthur Casa Nova Nonnig, professor de física do Me Salva!; Zé Rücker, professor de biologia do Núcleo Exatas; e Tiago Tamanini, professor de química do Núcleo Exata

Máquinas Térmicas - 7ºAno

 A invenção que mudou os rumos da sociedade As máquinas térmicas foram essenciais para ampliar a produção de diversos materiais que anterior...