Vacinas


O que é?

As vacinas são produtos biológicos que protegem as pessoas de determinadas doenças. São constituídas por agentes patógenos (vírus ou bactérias que causam doenças) previamente atenuados ou mortos ou por fragmentos desses agentes. Sua função é estimular uma resposta imunológica do organismo, que passa a produzir anticorpos sem ter contraído a doença.

As vacinas possibilitam o desenvolvimento da chamada “memória imunológica”, que nada mais é do que a produção antecipada de anticorpos especializados que reconhecerão o invasor, caso a pessoa seja infectada por ele. Dessa forma, a resposta à infecção real será mais rápida e eficaz.


Importância da vacinação

As vacinas são muito eficientes para prevenir diversas doenças, como hepatite, gripe, tuberculose e rubéola. Graças ao sucesso das campanhas de vacinação, a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é considerada erradicada do Brasil desde 1989. Já a criação de vacinas para doenças causadas por vírus com alta taxa de mutação, como o HIV (causador da aids), ainda é um desafio.

Reações adversas e contraindicações das vacinas

Embora algumas vacinas possam desencadear algumas reações adversas, como dor no local da aplicação, mal-estar e febre, as vacinas são bastante seguras. As reações adversas, geralmente, apresentam-se leves e de curta duração.

A princípio, vacinas contendo vírus ou bactérias atenuados não devem ser aplicados em indivíduos que apresentam imunodeficiência congênita ou adquirida, neoplasia maligna, estejam em tratamento com corticosteroides em esquemas imunodepressores ou submetidos a outras terapias imunodepressoras.

Algumas vacinas podem apresentam contraindicações específicas, que devem ser comunicadas previamente ao ato da vacinação. Além disso, é importante destacar que, em alguns casos, a vacinação pode ser adiada, como quando o indivíduo apresenta doenças agudas febris graves.


A criação de uma vacina

A invenção de uma vacina é um processo complexo. Os cientistas vão fazendo testes em laboratórios, buscando moléculas, princípios ativos e avaliando o que funciona e o que não funciona. Como eles sabem o que testar? Partem de outras vacinas para outros vírus já existentes, outras pesquisas que já estão em andamento e que podem ser aplicadas a outras situações. Às vezes é por acaso, a pesquisa é sobre uma coisa e descobrem um outro efeito que não era esperado e pode ser promissor. Quando a vacina passa no teste do laboratório, é hora de testar em pessoas, a chamada fase clínica. 

São três fases de testes:

 Na fase 1, a vacina é dada para um número pequeno de pessoas para verificar se é segura, se produz imunidade e qual a dosagem. Em geral, nessa fase são testadas pessoas jovens e saudáveis. 

 Na fase 2, a vacina é dada para mais gente, com características do público-alvo da vacina, para avaliar com mais profundidade a segurança e a resposta imune. 

 A fase 3, é uma simulação da vacinação. A vacina é dada para milhares de pessoas e uma parte das pessoas recebe uma solução neutra, sem efeito terapêutico. Os pesquisadores e as pessoas não sabem se estão recebendo a vacina ou o placebo, para evitar análises enviesadas. Os testes servem para responder a duas perguntas: 

 a) a vacina é segura? Faz mal? Teve algum efeito adverso não previsto? 
 b) a vacina funciona? Se você estiver vacinado, pega o vírus? Se pegar o vírus, fica doente? 

 Se a vacina não faz mal e funciona, ela está pronta para ser aplicada na população. Qual garantia temos? O estudo é feito de forma transparente, os dados são revisados por muitas pessoas e pelas agências reguladoras de cada país, que, no Brasil, é a ANVISA.
É importante destacar também que as vacinas não são responsáveis pelo desenvolvimento de transtornos, como o autismo.

Vacinação no Brasil

As primeiras vacinas foram descobertas há mais de 200 anos. A vacinação no Brasil iniciou-se em 1904, quando o então diretor-geral de Saúde Pública, Oswaldo Cruz, diante de um surto de varíola, iniciou campanhas de saneamento e imunização, na tentativa de buscar imunizar toda a população. 

Atualmente, o país possui um Programa Nacional de Imunizações com um calendário voltado a grupos específicos. Não apenas as crianças devem ser imunizadas, pois existem vacinas que devem ser aplicadas na adolescência, como a vacina contra o HPV, idosos devem vacinar-se contra a gripe, pneumonia e tétano; gestantes também devem ser imunizadas contra a gripe, tétano e rubéola. Além disso, existem outras vacinas que devem ser aplicadas em situações específicas, como em casos de viagens a determinadas regiões.

No Sistema Único de Saúde (SUS), são disponibilizadas, gratuitamente, vacinas para mais de 20 doenças. Qualquer pessoa pode vacinar-se nas Unidades Básicas de Saúde. Para isso, basta apresentar o cartão da vacinação, que serve para comprovar a situação vacinal do indivíduo. Em caso de perda do cartão, deve ser retirada uma segunda via.

Você sabia que o ministério da saúde já fez um filme do zé gotinha? Confira abaixo!!👇👇👀💪


O Ministério da saúde divulgou uma cartilha explicativa sobre todas as vacinas e sua importância. Quer conhecer? Acesse: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cart_vac.pdf


Compartilhe com os seus amigos e não fique sem se vacinar. Vacinas salvam vidas!! 

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